Questão 1


No início foram as cidades. O intelectual da Idade Média – no Ocidente – nasceu com elas. Foi com o desenvolvimentourbano ligado às funções comercial e industrial – digamos modestamente artesanal – que ele apareceu, como um desses homens de ofício que se instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão do trabalho. Um homem cujo ofício é escrever ouensinar, e de preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que, profissionalmente, tem uma atividade de professore erudito, em resumo, um intelectual – esse homem só aparecerá com as cidades.

LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010.


O surgimento da categoria mencionada no período em destaque no texto evidencia o(a)

  1. apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato.
  2. relação entre desenvolvimento urbano e divisão do trabalho.
  3. importância organizacional das corporações de ofício.
  4. >progressiva expansão da educação escolar.
  5. acúmulo de trabalho dos professores e eruditos.







Questão 2


A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros. Tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelaslucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricase os novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que seu poder.

DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).


Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da RevoluçãoIndustrial Inglesa e as características das cidades industriais do início do século XIX?

  1. A facilidade em se estabelecer relações lucrativas transformava as cidades em espaços privilegiados para alivre-iniciativa, característica da nova sociedade capitalista.
  2. O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho industrial.
  3. A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o deslocamento dos trabalhadores das periferias até as fábricas.
  4. A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da engenharia e daarquitetura do período, transformando as cidades em locais de experimentação estética e artística.
  5. O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de aglomerados urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene.







Questão 3


No período 750-338 a.C., a Grécia antiga era composta por cidades-Estado, como por exemplo Atenas, Esparta, Tebas, queeram independentes umas das outras, mas partilhavam algumas características culturais, como a língua grega. No centro daGrécia, Delfos era um lugar de culto religioso frequentado por habitantes de todas as cidades-Estado.No período 1200-1600 d.C., na parte da Amazônia brasileira onde hoje está o Parque Nacional do Xingu, há vestígios dequinze cidades que eram cercadas por muros de madeira e que tinham até dois mil e quinhentos habitantes cada uma. Essascidades eram ligadas por estradas a centros cerimoniais com grandes praças. Em torno delas havia roças, pomares e tanquespara a criação de tartarugas. Aparentemente, epidemias dizimaram grande parte da população que lá vivia.

Folha de S.Paulo, ago. 2008 (adaptado).


Apesar das diferenças históricas e geográficas existentes entre as duas civilizações elas são semelhantes pois:

  1. as ruínas das cidades mencionadas atestam que grandes epidemias dizimaram suas populações.
  2. as cidades do Xingu desenvolveram a democracia, tal como foi concebida em Tebas.
  3. as duas civilizações tinham cidades autônomas e independentes entre si.
  4. os povos do Xingu falavam uma mesma língua, tal como nas cidades-Estado da Grécia.
  5. as cidades do Xingu dedicavam-se à arte e à filosofia tal como na Grécia.







Questão 4


A mais profunda objeção que se faz à ideia da criação de uma cidade, como Brasília, é que o seu desenvolvimento não poderájamais ser natural. É uma objeção muito séria, pois provém de uma concepção de vida fundamental: a de que a atividadesocial e cultural não pode ser uma construção. Esquecem-se, porém, aqueles que fazem tal crítica, que o Brasil, como praticamente toda a América, é criação do homem ocidental.

PEDROSA, M. Utopia: obra de arte. Vis – Revista do Programa de Pós-graduação em Arte (UnB), vol. 5, n. 1, 2006 (adaptado).


As ideias apontadas no texto estão em oposição, porque

  1. a cultura dos povos é reduzida a exemplos esquemáticos que não encontram respaldo na história do Brasil ou da América.
  2. as cidades, na primeira afirmação, têm um papel mais fraco na vida social, enquanto a América é mostrada como um exemplo a ser evitado.
  3. a objeção inicial, de que as cidades não podem ser inventadas, é negada logo em seguida pelo exemploutópico da colonização da América.
  4. a concepção fundamental da primeira afirmação defende a construção de cidades e a segunda mostra, historicamente, que essa estratégia acarretou sérios problemas.
  5. a primeira entende que as cidades devem ser organismos vivos, que nascem de forma espontânea, e asegunda mostra que há exemplos históricos que demonstram o contrário.







Questão 5


A antiga Cidade Livre foi idealizada por Bernardo Sayão, em 1956, para ser um centro comercial e recreativo para os trabalhadores de Brasília. Ganhou esse nome porque lá era permitido não só residir como também negociar, com isenção detributação. A perspectiva era de que a cidade desaparecesse com a inauguração de Brasília. Com isso, os lotes não foramvendidos, mas emprestados em forma de comodato àqueles interessados em estabelecer residência ou comércio. A partir de1960, os contratos de comodato foram cancelados e os comerciantes, transferidos para a Asa Norte. Os terrenos desocupados foram invadidos por famílias de baixa renda. Em 1961, o governo, pressionado pelo movimento popular, cria oficialmentea cidade com o nome de Núcleo Bandeirante.

CARDOSO, H. H. P. Narrativas de um candango em Brasília. Revista Brasileira de História, n. 47, 2004 (adaptado).


Essa dinâmica expõe uma forma de desigualdade social comum nas cidades brasileiras associada à dificuldade de ter acesso:

  1. às áreas com lazer gratuito.
  2. ao mercado imobiliário formal.
  3. ao transporte público eficiente.
  4. aos reservatórios com água potável.
  5. ao emprego com carteira assinada.







Questão 6


Na primeira década do século XX, reformar a cidade do Rio de Janeiro passou a ser o sinal mais evidente da modernizaçãoque se desejava promover no Brasil. O ponto culminante do esforço de modernização se deu na gestão do prefeito PereiraPassos, entre 1902 e 1906. "O Rio civilizava-se" era frase célebre à época e condensava o esforço para iluminar as vielasescuras e esburacadas, controlar as epidemias, destruir os cortiços e remover as camadas populares do centro da cidade.OLIVEIRA, L. L. Sinais de modernidade na Era Vargas: vida literária, cinema e rádio.

In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A. (Org.).O tempo do nacional-estatismo: do início ao apogeu do Estado Novo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.


O processo de modernização mencionado no texto trazia um paradoxo que se expressava no(a):

  1. substituição de vielas por amplas avenidas.
  2. impossibilidade de se combaterem as doenças tropicais.
  3. ideal de civilização acompanhado de marginalização.
  4. sobreposição de padrões arquitetônicos incompatíveis.
  5. projeto de cidade incompatível com a rugosidade do relevo.







Questão 7


A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, dividida em três: uns oram, outros combatem, outros, suportam serseparadas; os serviços prestados por uma são a condição das obras das outras duas; cada uma por sua vez encarrega-se dealiviar o conjunto... Assim a lei pode triunfar e o mundo gozar da paz.

ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: S. da Costa, 1981.


A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida durante a Idade Média. Um objetivo de talideologia e um processo que a ela se opôs estão indicados, respectivamente, em:

  1. Justificar a dominação estamental / revoltas camponesas.
  2. Subverter a hierarquia social / centralização monárquica.
  3. Impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas.
  4. Controlar a exploração econômica / unificação monetária.
  5. Questionar a ordem divina / Reforma Católica.







Questão 8


Quando ninguém duvida da existência de um outro mundo, a morte é uma passagem que deve ser celebrada entre parentese vizinhos. O homem da Idade Média tem a convicção de não desaparecer completamente, esperando a ressurreição. Poisnada se detém e tudo continua na eternidade. A perda contemporânea do sentimento religioso fez da morte uma provaçãoaterrorizante, um trampolim para as trevas e o desconhecido.

DUBY, G. Ano 1000 ano 2000 na pista dos nossos medos. São Paulo: Unesp, 1998 (adaptado).


Ao comparar as maneiras com que as sociedades têm lidado com a morte, o autor considera que houveum processo de

  1. mercantilização das crenças religiosas.
  2. transformação das representações sociais.
  3. disseminação do ateísmo nos países de maioria cristã.
  4. diminuição da distância entre saber científico e eclesiástico.
  5. amadurecimento da consciência ligada à civilização moderna.







Questão 9


Sou uma pobre e velha mulher,Muito ignorante, que nem sabe ler.Mostraram-me na igreja da minha terraUm Paraíso com harpas pintadoE o Inferno onde fervem almas danadas,Um enche-me de júbilo, o outro me aterra.

VILLON, F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC, 1999.


Os versos do poeta francês François Villon fazem referência às imagens presentes nos templos católicosmedievais. Nesse contexto, as imagens eram usadas com o objetivo de

  1. refinar o gosto dos cristãos.
  2. incorporar ideais heréticos.
  3. educar os fiéis através do olhar.
  4. divulgar a genialidade dos artistas católicos.
  5. valorizar esteticamente os templos religiosos.







Questão 10


A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que continuamente se abre perante nossos olhos (isto é, o universo), quenão se pode compreender antes de entender a língua e conhecer os caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito emlíngua matemática, os caracteres são triângulos, circunferências e outras figuras geométricas, sem cujos meios é impossívelentender humanamente as palavras; sem eles, vagamos perdidos dentro de um obscuro labirinto.

GALILEI, G. O ensaiador. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.


No contexto da Revolução Científica do século XVII, assumir a posição de Galileu significava defender a:

  1. continuidade do vínculo entre ciência e fé dominante na Idade Média.
  2. necessidade de o estudo linguístico ser acompanhado do exame matemático.
  3. oposição da nova física quantitativa aos pressupostos da filosofia escolástica.
  4. importância da independência da investigação científica pretendida pela igreja.
  5. inadequação da matemática para elaborar uma explicação racional da natureza.







Questão 11


Acompanhando a intenção da burguesia renascentista de ampliar seu domínio sobre a natureza e sobre o espaço geográfi-co, através da pesquisa científica e da invenção tecnológica, os cientistas também iriam se atirar nessa aventura, tentandoconquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a cor e mesmo a expressão e o sentimento.

SEVCENKO, N. O Renascimento. Campinas: Unicamp, 1984.


O texto apresenta um espírito da época que afetou também a produção artística, marcada pela constanterelação entre

  1. fé e misticismo.
  2. ciência e arte.
  3. cultura e comércio.
  4. política e economia.
  5. astronomia e religião.







Questão 12


Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez de um profundo sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo no meio urbano, pois que uma das características da cidadeera de ser limitada por portas e por uma muralha.

DUBY, G. et al. Séculos XIV-XV. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada da Europa Feudal à Renascença.São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).


As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média, quando elasassumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Este processo está diretamente relacionado com

  1. o crescimento das atividades comerciais e urbanas.
  2. a migração de camponeses e artesãos.
  3. a expansão dos parques industriais e fabris.
  4. o aumento do número de castelos e feudos.
  5. a contenção das epidemias e doenças.







Questão 13


Considerando-se a dinâmica entre tecnologia e organização do trabalho, a representação contida no cartum é caracterizada pelo pessimismo em relação à:

  1. ideia de progresso.
  2. concentração do capital.
  3. noção de sustentabilidade.
  4. organização dos sindicatos.
  5. obsolescência dos equipamentos.







Questão 14


Ao deflagrar-se a crise mundial de 1929, a situação da economia cafeeira se apresentava como se segue. A produção, quese encontrava em altos níveis, teria que seguir crescendo, pois os produtores haviam continuado a expandir as plantaçõesaté aquele momento. Com efeito, a produção máxima seria alcançada em 1933, ou seja, no ponto mais baixo da depressão,como reflexo das grandes plantações de 1927-1928. Entretanto, era totalmente impossível obter crédito no exterior parafinanciar a retenção de novos estoques, pois o mercado internacional de capitais se encontrava em profunda depressão, e ocrédito do governo desaparecera com a evaporação das reservas.

(FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1997 (adaptado).


Uma resposta do Estado brasileiro à conjuntura econômica mencionada foi o(a):

  1. atração de empresas estrangeiras.
  2. reformulação do sistema fundiário.
  3. incremento da mão de obra imigrante.
  4. desenvolvimento de política industrial.
  5. financiamento de pequenos agricultores.







Questão 15


Dominar a luz implica tanto um avanço tecnológico quanto uma certa liberação dos ritmos cíclicos da natureza, com a passagem das estações e as alternâncias de dia e noite. Com a iluminação noturna, a escuridão vai cedendo lugar à claridade,e a percepção temporal começa a se pautar pela marcação do relógio. Se a luz invade a noite, perde sentido a separação tradicional entre trabalho e descanso – todas as partes do dia podem ser aproveitadas produtivamente.

(SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: Museu do Ceará; Secult-CE, 2001 (adaptado).


Em relação ao mundo do trabalho, a transformação apontada no texto teve como consequência a:

  1. melhoria da qualidade da produção industrial.
  2. redução da oferta de emprego nas zonas rurais.
  3. permissão ao trabalhador para controlar seus próprios horários.
  4. >diminuição das exigências de esforço no trabalho com máquinas.
  5. ampliação do período disponível para a jornada de trabalho.







Questão 16


O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do homem miserável no princípio do século XIX. A resposta foia consciência de classe e ambição de classe. Os pobres então se organizavam em uma classe específica, a classe operária,diferente da classe dos patrões (ou capitalistas). A Revolução Francesa lhes deu confiança; a Revolução Industrial trouxe anecessidade da mobilização permanente.

HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1977.


No texto, analisa-se o impacto das Revoluções Francesa e Industrial para a organização da classe operária.Enquanto a “confiança” dada pela Revolução Francesa era originária do significado da vitória revolucionáriasobre as classes dominantes, a “necessidade da mobilização permanente”, trazida pela Revolução Industrial, decorria da compreensão de que

  1. a competitividade do trabalho industrial exigia um permanente esforço de qualificação para o enfrentamento do desemprego.
  2. a completa transformação da economia capitalista seria fundamental para a emancipação dos operários.
  3. a introdução das máquinas no processo produtivo diminuía as possibilidades de ganho material para osoperários.
  4. o progresso tecnológico geraria a distribuição de riquezas para aqueles que estivessem adaptados aosnovos tempos industriais.
  5. a melhoria das condições de vida dos operários seria conquistada com as manifestações coletivas emfavor dos direitos trabalhistas.







Questão 17


A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelaslucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricase os novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que seu poder.

DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).


Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da RevoluçãoIndustrial Inglesa e as características das cidades industriais do início do século XIX?

  1. a facilidade em se estabelecer relações lucrativas transformava as cidades em espaços privilegiados paraa livre iniciativa, característica da nova sociedade capitalista.
  2. o desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho industrial.
  3. a construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o deslocamento dos trabalhadores das periferias até as fábricas.
  4. a grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da engenharia e daarquitetura do período, transformando as cidades em locais de experimentação estética e artística.
  5. o alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de aglomerados urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene.







Questão 18


O processo de concentração urbana no Brasil em determinados locais teve momentos de maior intensidade e, ao que tudoindica, atualmente passa por uma desaceleração no ritmo de crescimento populacional nos grandes centros urbanos.

BAENINGER, R. Cidades e metrópoles: a desaceleração no crescimento populacional e novos arranjos regionais.Disponível em: www.sbsociologia.com.br. Acesso em: 12 dez. 2012 (adaptado).


Uma causa para o processo socioespacial mencionado no texto é o(a)

  1. carência de matérias-primas.
  2. degradação da rede rodoviária.
  3. aumento do crescimento vegetativo.
  4. centralização do poder político.
  5. realocação da atividade industrial.







Questão 19


A depressão que afetou a economia mundial entre 1929 e 1934 se anunciou, ainda em 1928, por uma queda generalizada nospreços agrícolas internacionais. Mas o fator mais marcante foi a crise financeira detonada pela quebra da Bolsa de Nova Iorque.

Disponível em: http://cpdoc.fgv.br. Acesso em: 20 abr. 2015 (adaptado).


Perante o cenário econômico descrito, o Estado brasileiro assume, a partir de 1930, uma política de incentivo à

  1. industrialização interna para substituir as importações.
  2. nacionalização de empresas estrangeiras atingidas pela crise.
  3. venda de terras a preços acessíveis para os pequenos produtores.
  4. entrada de imigrantes para trabalhar nas indústrias de base recém-criadas.
  5. abertura de linhas de fi nanciamento especial para empresas do setor terciário.







Questão 20


A cidade

E a situação sempre mais ou menos,Sempre uns com mais e outros com menos.A cidade não para, a cidade só cresceO de cima sobe e o de baixo desce.CHICO SCIENCE e Nação Zumbi.

In: Da lama ao caos. Rio de Janeiro: Chaos; Sony Music, 1994 (fragmento).


A letra da canção do início dos anos 1990 destaca uma questão presente nos centros urbanos brasileirosque se refere ao(à)

  1. déficit de transporte público.
  2. estagnação do setor terciário.
  3. controle das taxas de natalidade.
  4. elevação dos índices de criminalidade.
  5. desigualdade da distribuição de renda.







Questão 21


O servo pertence à terra e rende frutos ao dono da terra. O operário urbano livre, ao contrário, vende-se a si mesmo e, alémdisso, por partes. Vende em leilão 8, 10, 12, 15 horas da sua vida, dia após dia, a quem melhor pagar, ao proprietário dasmatérias-primas, dos instrumentos de trabalho e dos meios de subsistência, isto é, ao capitalista.

MARX, K. Trabalho assalariado e capital & salário, preço e lucro. São Paulo: Expressão Popular, 2010.


O texto indica que houve uma transformação dos espaços urbanos e rurais com a implementação do sistema capitalista, devido às mudanças tecnossociais ligadas ao

  1. desenvolvimento agrário e ao regime de servidão.
  2. aumento da produção rural, que fixou a população nesse meio.
  3. desenvolvimento das zonas urbanas e às novas relações de trabalho.
  4. aumento populacional das cidades associado ao re gime de servidão.
  5. desenvolvimento da produção urbana associado às relações servis de trabalho.







Questão 22


As novas tecnologias foram massificadas, alcançando e impactando de diferentes formas os lugares. A ironia proposta pela charge indica que


o acesso à tecnologia está

  1. vinculado a mudanças na paisagem.
  2. garantido de forma equitativa aos cidadãos.
  3. priorizado para resolver as desigualdades.
  4. relacionado a uma ação redentora na vidasocial.
  5. dissociado de revoluções na realidade socioespacial.







Questão 23


A discussão levantada na charge, publicadalogo após a promulgação da Constituição de 1988, faz referência ao seguinte conjunto de direitos:

  1. Civis, como o direito à vida, à liberdade deexpressão e à propriedade.
  2. Sociais, como direito à educação, ao trabalho e à proteção à maternidade e à infância.
  3. Difusos, como direito à paz, ao desenvolvimento sustentável e ao meio ambiente saudável.
  4. Coletivos, como direito à organização sindical, à participação partidária e à expressãoreligiosa.
  5. Políticos, como o direito de votar e ser votado, à soberania popular e à participaçãodemocrática.







Questão 24


Uma pesquisa da ONU estima que, já em 2008,pela primeira vez na história das civilizações, amaioria das pessoas viverá na zona urbana. Ográfi co ao lado mostra o crescimento da população urbana desde 1950, quando essa populaçãoera de 700 milhões de pessoas, e apresenta umaprevisão para 2030, baseada em crescimento linear no período de 2008 a 2030.


De acordo com o gráfico, a população urbanamundial em 2020 corresponderá, aproximadamente, a quantos bilhões de pessoas?

  1. 4,00.
  2. 4,10.
  3. 4,15.
  4. 4,25.
  5. 4,50.







Questão 25


O consumo da habitação, em especial aquela dotada de atributos especiais no espaço urbano, contribui para o entendimentodo fenômeno, pois certas áreas tornam-se alvos de operações comerciais de prestígio com a produção e/ou a renovação deconstruções, diferente de outras porções da cidade, dotadas de menor infraestrutura.SANTOS, A. R. O consumo da habitação de luxo no espaço urbano parisiense.

Confins, n. 23, 2015 (adaptado).


O conceito que define o processo descrito denomina-se

  1. escala cartográfica.
  2. conurbação metropolitana.
  3. território nacional.
  4. especulação imobiliária.
  5. paisagem natural.







Questão 26


A configuração do espaço urbano da região do Entorno do Distrito Federal assemelha-se às demais aglomerações urbanas eregiões metropolitanas do país, onde é facilmente identificável a constituição de um centro dinâmico e desenvolvido, onde seconcentram as oportunidades de trabalho e os principais serviços, e a constituição de uma região periférica concentradora depopulação de baixa renda, com acesso restrito às principais atividades com capacidade de acumulação e produtividade, e aosserviços sociais e infraestrutura básica.

CAIADO, M. C. A migração intrametropolitana e o processo de estruturação do espaço urbano da Região Integrada de Desenvolvimento doDistrito Federal e Entorno.

In: HOGAN, D. J. et al. (Org.). Migração e ambiente nas aglomerações urbanas. Campinas: Nepo/Unicamp, 2002.


A organização interna do aglomerado urbano descrito é resultado da ocorrência do processo de

  1. expansão vertical.
  2. polarização nacional.
  3. emancipação municipal.
  4. segregação socioespacial.
  5. desregulamentação comercial.







Questão 27


Trata-se de um gigantesco movimento de construção de cidades, necessário para o assentamento residencial dessa população, bem como de suas necessidades de trabalho, abastecimento, transportes, saúde, energia, água etc. Ainda que orumo tomado pelo crescimento urbano não tenha respondido satisfatoriamente a todas essas necessidades, o território foi ocupado e foram construídas as condições para viver nesse espaço.

MARICATO, E. Brasil, cidades: alternativas para a crise urbana. Petrópolis: Vozes, 2001.


A dinâmica de transformação das cidades tende a apresentar como consequência a expansão das áreasperiféricas pelo(a):

  1. crescimento da população urbana e aumento da especulação imobiliária.
  2. direcionamento maior do fluxo de pessoas, devido à existência de um grande número de serviços.
  3. delimitação de áreas para uma ocupação organizada do espaço físico, melhorando a qualidade de vida.
  4. implantação de políticas públicas que promovem a moradia e o direito à cidade aos seus moradores.
  5. reurbanização de moradias nas áreas centrais, mantendo o trabalhador próximo ao seu emprego, diminuindo os deslocamentos para a periferia.